Senso
crítico
– Capacidade de um indivíduo de questionar e analisar de forma racional e
inteligente, criando sua própria opinião sobre determinado assunto, independente
do senso comum.
Pela
primeira vez desde que me comprometi a assinar este quadro, tive dúvidas sobre
o tema a ser abordado. Havia muitas opções como, por exemplo, minhas
predileções para o Elimination Chamber; as primeiras lutas anunciadas para a
Wrestlemania e, claro, o repercutido final da Royal Rumble 2017. Isso só se
tratando de WWE. Nenhum deles me agradava. Além de terem sidos debatidos em
todos os grupos de Facebook e WhatsApp, incessantemente, em nada agregaria a
esse espaço.
Como
relatei na primeira edição do Oráculo Wrestling, não sou novata no assunto e na
função. Se quiserem me rotular, podem me chamar de Geração SBT. Graças a Deus,
não podem dizer que parei no tempo. Sempre procuro buscar informações de gerações
mais antigas e aceito as novas de bom grado.
E foi assim que cheguei a esse texto. Pensando (e
sobrevivendo a uma queda de energia elétrica bem já na metade!) sobre a
formação de opinião da geração atual.
Quando nos
comprometemos a ser fonte de notícia de um determinado assunto, seja ela de
qual caráter for, devemos compreender duas coisas primordiais:
1.
Entreter e informar não significa “Falo
como quero e do jeito que quero”.
2.
Respeito máximo aos meus leitores.
A
popularização da internet é um fator crucial para o surgimento dos
pseudo-entendedores e o surgimento de dezenas de blogs e páginas no Facebook
acarretou em piorar o debate do PW como um todo.
O
que a maior parte dessa galera esquece é que suas contribuições devem ir além
da busca por likes, views e compartilhamentos. Óbvio que isso é um termômetro para
saber a quantas anda o seu trabalho, entretanto não te faz menos responsável
pela formação de opinião. Sim, amiguinhos! Manter um blog ou uma página em uma
rede social com um alcance médio entre o público alvo já significa que você
criou uma legião de curtidores que vão acompanhar suas postagens e, por sua
vez, repassar a informação a frente.
Chamar
um wrestler de “lixo” não o torna um especialista na área. Usar termos técnicos,
ser uma enciclopédia de finishers e moves ou assistir as indies não te
transforma em um renomado jornalista/comentarista de PW. Pagar de intelectual
do esporte, não te faz melhor que ninguém.
Mais
do que ser um espectador do PW, seja lá qual a empresa ou indy que prefira,
devemos nos propor a analisar antes de sair por aí destilando frases repetidas
como um tutorial, alegando que A é melhor que B ou vice-versa. Até para
dizermos isso é preciso expor seus argumentos e não torna-los a absoluta
verdade. Porque como dizia Sócrates, aquele mesmo, o filósofo grego: Sábio é
aquele que conhece os limites da própria ignorância.
Thabata Costa.
PS1. Vou deixar um agradecimento aos meus amigos que assim como eu são loucos por PW e que contribuem muito para que eu possa sempre melhorar meus conhecimentos. Não citarei nomes, pois não quero correr o risco de esquecer alguém, mas saibam que vocês são meus PôsterMan (hehe, piada interna).
PS2. E esse Elimination Chamber, hein?! Será que Bray Wyatt finalmente conquistará um título expressivo em sua carreira?
PS3. Naomi, nunca te pedi nada amiguinha. Passou da hora de segurar esse título feminino nos ombros. Vai que é tua, garota! #PowerGirl
PS4. Outro tema que eu vou acabar abordando, uma hora ou outra, será a questão do machismo ainda presente não só no PW, como em outras áreas. Esse tema merece uma dedicação maior.