Cada vez que eu reservo parte do meu atolado
dia para organizar as ideias e trazer para cá uma crítica saudável, procuro
analisar fatos e, normalmente, deixo minha opinião bem clara. Gosto de fazer
com que você aí que está lendo meus textos, possa se colocar em cheque e
descobrir se é duro demais com suas cobranças ou elogios sobre o PW e, em
específico, a WWE.
Hoje, farei diferente. Quero levantar uma questão
ocorrida na semana passada e que tanto martelou a cabeça dos fãs.
Lembro-me de na terça (18/04/17) ter feito a
seguinte pergunta em um grupo de Whatsapp: Quem vencerá a match de #1 Contender
pelo WWE Championship? Sendo o Smackdown colocado com a “terra da oportunidade”
uma surpresa ia surgir. Dentre vários Ziggler, Sami Zayn e, até mesmo,
Mojo, um amigo citou Jinder Mahal. Essa
era a hora para rir, certo?
Errado.
A aposta não era piada, muito menos, um tiro no
escuro. Esse amigo me justificou o palpite falando sobre a notícia, divulgada
dias antes, de que Mahal teria um push.
Mas, veja que absurdo! Jinder Mahal é um jobber. O que
de diferente ele faz? Quais títulos já ganhou? Qual mérito ele tem? Ser
integrante do 3MB?
Há muitas maneiras de responder essas
perguntas. Justificativas aos montes, mas sejamos curtos e grossos, sinceros ao
extremo. A resposta é: mercado indiano. Ok, Thabata, mas até agora você
não disse nenhuma novidade. É,
eu não disse. Mas, eu avisei lá no início que hoje faria diferente. A conclusão
da crítica vai ser feita pelo leitor.
Por que o mercado da Índia tornou-se importante
para a WWE, de repente? Lógico que a coisa não partiu do nada. A empresa
precisou de um estudo de mercado. Se vai dar certo ou não, aí são outros
quinhentos. E isso me leva, a fazer o papel de advogada do diabo.
E o Zayn, meu Deus?! Por que não o Zayn?
A trajetória dele me lembra um pouco a do
Cesaro. Ambos são lutadores que os fãs gostam e pedem por chances. Sempre que
pareça que a coisa vai engrenar, nos decepcionamos e os lutadores voltam a
aquele mid-card sem vergonha do qual eles não merecem. Ou merecem?
Por alguma razão, apesar dos apelos dos fãs, a empresa não os considerada bons
vendedores de merchandising e assim, eles não recebem investimentos.
Sami Zayn rodou muitas promotoras, fez seu nome
no PW mundial. Jinder Mahal não tem tanta glória. Nem vou comparar a
desenvoltura técnica, pois seria injustiça. Visualmente, fato que também é
importante no contexto “venda de perfil”, o bom moço Zayn ganha em disparado. Será
que Zayn também não poderia se tornar uma mercadoria facilmente comprada pelos
indianos? E por que raios, a WWE quer agradar um público diferente se ela tem
tantos críticos no seu público atual?
Reflitam.